sexta-feira, 25 de maio de 2007

Festival Sub-escuta em Barcelos parte II

Ok mais amor para todos....



PEDRO LUÍS SILVA

O Subscuta, na passada sexta-feira, apresentou ao público barcelense mais uma excelente proposta da música nacional. São eles os Mandrágora. Colectivo do Porto que se dedica à música tradicional portuguesa, mas inserindo nas suas composições outros sons de outras culturas. O imaginário da música tradicional portuguesa é então musicado por gaitas de foles ou pela invulgar moroharpa, instrumento típico da Suécia. Este quinteto é composto por Filipa Santos na gaita de foles, fl autas e saxofone, Ricardo Lopes na percussão, Pedro Viana na guitarra clássica, Sérgio Calisto na moroharpa e violoncelo e João Serrador no baixo. Editaram em 2006 o seu primeiro álbum homónimo que, nesse mesmo ano, lhes deu o prémio Carlos Paredes. Este prémio é atribuído ao melhor álbum de música de raiz popular portuguesa. O público presente - que preenchia grande parte das cadeiras do auditório - foi arrebatado pela beleza e singularidade da música dos Mandrágora, do brilhantismo patente na procura e conjugação de diferentes culturas e dos seus sons. A leveza da guitarra mistura-se com a alegria da música celta. Os Mandrágora conseguem encontrar as mais profundas raízes da música folk portuguesa e dar-lhe um toque moderno. A música popular não tem de cheirar a mofo, nem de ser antiquada, pelo contrário pode bem ser inovadora. Foi isso que os Mandrágora mostraram em Barcelos: inovação. Uma lufada de ar fresco. Apesar de terem começado o concerto um pouco nervosos a boa recepção do público às músicas dos Mandrágora, fez com que os músicos se sentissem mais à vontade e até dessem gargalhadas em plena simbiose com o público, que ainda obrigou a banda a tocar mais uma música antes de se ir embora.




in Jornal de Barcelos,

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