terça-feira, 29 de maio de 2007

E o amor não acaba.....!

Texto retirado do Crónicas da Terra de Luis Rei sobre a próxima edição do Granitos Folk no Contagiarte, Porto nos dias 6 e 9 de Julho. A quarta edição.

"abrem o primeiro dia de actividades, fazendo a primeira parte de MANDRÁGORA. Outra banda que joga em casa. De acordo com aquilo que foi possível ouvir há uma semana atrás (no Museu de Arqueologia em Lisboa), o quinteto ‘prog-jazz-folk’ está a afastar-se cada vez mais da música tradicional, alimentando-se dos drones tensos e sónicos de SÉRGIO CALISTO, de encorpadas linhas de baixo (que bem que fez a entrada do SERRADOR na banda) e do denso e sexy saxofone da FILIPA SANTOS, levando o colectivo, por vezes, para territórios inexplorados do ‘pós-folk’".

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Raizes e Antenas do amigo Antonio Pires

"Juro que amanhã falo sobre umas coisas que vão acontecer na minha cidade, em Lisboa. Mas, para já e já hoje, volto a falar do Contagiarte e da quarta edição do festival Granitos Folk, que decorre de 6 a 9 de Junho neste espaço multicultural da cidade do Porto. Apostando apenas em grupos folk/tradicionais portugueses, o Granitos deste ano apresenta um programa interessantíssimo que junta alguns quase-veteranos destas lides a alguns jovens grupos de elevado potencial. Dia 6, o festival abre com os portuenses Pé na Terra (vencedores do recente concurso Folk and Roll e fazedores de uma música que tanto os leva à tradição portuguesa como ao reggae e ao rock) e Mandrágora (um dos mais importantes grupos portugueses a fundir a folk com o rock progressivo e sons vindos de muitos e desvairados lugares; na foto). "

sábado, 26 de maio de 2007

Sub-escuta em Barcelos parte III

Barcelenses acarinharam Mandrágora

Chamamento da terra

Ouvir os Mandrágora é como um chamamento à terra, no atear da inocência telúrica, de segredos da cultura celto-gaélica, da memória do imaginário popular e dos contos da terra.
A odisseia sonora e a pujança das raízes atingem o seu pico quando Filipa Santos “arrasta” pela gaita de foles os outros instrumentos. Uma delícia. Será Filipa a única portuguesa com tal realce numa banda nacional e, também, a dominar flauta e gaita de foles com tal categoria?Certo é que, no passado sábado à noite, o heterogéneo e composto auditório da biblioteca municipal de Barcelos aprovou o colectivo, que actuava no âmbito do ciclo Subscuta, promovido pela Opções e autarquia. E, se não houvesse cadeiras, talvez alguns tivessem arriscado andar de roda, dançar ou seguir em comboios entre a turba.Ainda assim, o jovem quinteto do Porto parece estar a “corromper-se” pela metrópole sôfrega, com mais espírito rock (riffs e baixo vincados) ou até blues (saxofone e bateria “free”). Mas, vá lá, o saldo final confirma que a música popular afinal não é pimba e que a música tradicional não vive em crise, mas está a dar uma volta, inovando para desafiar quem ouve. O peso das misturas e da costela pós-moderna leva à nova folk?Filipa Santos (flautas, sax, gaita de foles); Ricardo Lopes (percussões), Pedro Viana (viola clássica); João Serrador (baixo) e Sérgio Calisto (guitarra 12 cordas, violoncelo, moraharpa sueca) trouxeram 13 temas, sendo os dois primeiros (“Aranganho”, “Vale de sapos”) e o último, no encore (“Alto das pedras talhas”), os únicos do disco homónimo de estreia. Ou seja, os vencedores do Prémio Carlos Paredes’2006 testaram dez canções novas, curtas mas ricas, que poderão integrar o segundo disco, previsto para Outubro. Destaque para as faixas “Mijavelhas” e “Escangalhado”, com belos dedilhados, fraseados complexos e coerência precisa, serena e singular, ainda que com leves derivações aos escandinavos Hedningarna. Está dito.

Autor: Nuno Passos
Fonte: barcelos popular
Quinta-feira, 24 de Maio de 2007 - 17:58:52

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Festival Sub-escuta em Barcelos parte II

Ok mais amor para todos....



PEDRO LUÍS SILVA

O Subscuta, na passada sexta-feira, apresentou ao público barcelense mais uma excelente proposta da música nacional. São eles os Mandrágora. Colectivo do Porto que se dedica à música tradicional portuguesa, mas inserindo nas suas composições outros sons de outras culturas. O imaginário da música tradicional portuguesa é então musicado por gaitas de foles ou pela invulgar moroharpa, instrumento típico da Suécia. Este quinteto é composto por Filipa Santos na gaita de foles, fl autas e saxofone, Ricardo Lopes na percussão, Pedro Viana na guitarra clássica, Sérgio Calisto na moroharpa e violoncelo e João Serrador no baixo. Editaram em 2006 o seu primeiro álbum homónimo que, nesse mesmo ano, lhes deu o prémio Carlos Paredes. Este prémio é atribuído ao melhor álbum de música de raiz popular portuguesa. O público presente - que preenchia grande parte das cadeiras do auditório - foi arrebatado pela beleza e singularidade da música dos Mandrágora, do brilhantismo patente na procura e conjugação de diferentes culturas e dos seus sons. A leveza da guitarra mistura-se com a alegria da música celta. Os Mandrágora conseguem encontrar as mais profundas raízes da música folk portuguesa e dar-lhe um toque moderno. A música popular não tem de cheirar a mofo, nem de ser antiquada, pelo contrário pode bem ser inovadora. Foi isso que os Mandrágora mostraram em Barcelos: inovação. Uma lufada de ar fresco. Apesar de terem começado o concerto um pouco nervosos a boa recepção do público às músicas dos Mandrágora, fez com que os músicos se sentissem mais à vontade e até dessem gargalhadas em plena simbiose com o público, que ainda obrigou a banda a tocar mais uma música antes de se ir embora.




in Jornal de Barcelos,

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Festival Sub-Escuta em Barcelos

Amigos....

Neste fim-de-semana passado fizemos uma mini-tour de apresentação de novas músicas a editar no nosso próximo disco. Estivemos em Barcelos, Paços de Ferreira e Lisboa.
Entretanto eis aqui um texto de Ilídio Marques do blog http://www.rock-rolaembarcelos.blogspot.com/:

"Compostos por Filipa Santos( flauta, gaita de foles, saxofone), Ricardo Lopes(bateria e percussão), Pedro Viana(guitarra clássica), Sérgio Calisto(violencelo,moraharpa, nyckelharpa,bouzouki) e João Serrador(baixo), os portuenses Mandrágora fecharam e bem o Ciclo Subscuta para o mês de Maio no que diz respeito aos concertos. Do álbum de estreia editado em 2005( e muito bem recebido pela critica especializada) aos temas novos que integrarão o próximo trabalho, o cheiro a terra, a tradição, a cultura forte e a antepassado festivo é uma constante. A busca de sons aos cantos do mundo, desde da gaita de foles aos saxofone, da guitarra clássica ao violoncelo, passando pela flauta, entre outros, leva a que a música dos Mandrágora seja quente e rica em culturas, mescladas e forma única, identificadas com a celta, mas mais que isso, tradicional e de raízes.
E a qualidade dos Mandrágora e da fortaleza de sua música reflecte-se em aplausos instintivamente arrancados, quase como agradecimento ao renascimento e exploração de sons perdidos e menos usuais como é o caso da música tradicional portuguesa.
Os/a Mandrágora é uma planta, que brota, uma bela flor à qual devemos regar e acompanhar de perto para que não seja desvalorizada e caia no esquecimento face às contemporaneidades musicais. Vivam os Mandrágora."

Um grande abraço ao Ilídio Marques e Pedro Silva.